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UFN começa a fazer diagnóstico para seis tipos de vírus respiratórios

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Divulgação (Laboratório de Diagnóstico Molecular/UFN)
Professor Huander Felipe Andreolla (à esq.) e o aluno do curso de Biomedicina Matheus Schwark (ao fundo)

O Laboratório de Diagnóstico Molecular da Universidade Franciscana (UFN), em Santa Maria, começa a oferecer, a partir desta quarta-feira, um serviço que pode otimizar a triagem dos pacientes com suspeita da Covid-19. É que mesmo ainda não sendo capaz de detectar o novo coronavírus, os testes realizados pela instituição fazem o diagnóstico para seis tipos de agentes virais respiratórias, que em sua maioria apresentam sintomas muito parecidos ao da Covid-19.

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O serviço é voltado para pacientes graves da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 horas e do Hospital Casa de Saúde que porventura necessitem de uma internação. A iniciativa é pioneira na cidade.

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- Não existia nenhum serviço que fizesse esses exames moleculares para esses vírus respiratórios em Santa Maria. O teste que vamos fazer vai auxiliar no diagnóstico diferencial de Covid-19. É um teste de triagem, cujo objetivo é ter um diagnóstico de um vírus que pode estar gerando um fator de confusão clínica devido aos sintomas. Com isso, a gente consegue, rapidamente, encaminhar a pessoa ou para o tratamento, ou para isolamento, ou suspender algum antibiótico, por exemplo. Ele vai nortear as condutas clínicas e de cuidados com o paciente - explica Huander Felipe Andreolla, professor de Biomedicina da UFN e coordenador de Inovação e Pesquisa Tecnológica da Casa de Saúde.

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Os seis vírus testados são: vírus sincicial respiratório (VSR), Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2), Influenza B, adenovírus humano e bocavírus humano. Os resultados dos exames ficam prontos entre 24 e 48 horas.

- O teste molecular não detecta os anticorpos que produzimos para nos defender do vírus, mas pega o próprio material genético do vírus quando este está presente. Ele tem um acerto muito maior. A técnica emprega é a reação em cadeia de polimerase com transcriptase reversa (rt-PCR), onde usamos alguns reagentes que servem de "iscas" para reconhecer sequencias genéticas específicas dos vírus dentro da amostra. Essa metodologia não foi invenção nossa, ela existe há pelo menos 20 anos. Mas esse teste chega em um momento de crise, diante de um cenário possível, com as tecnologias que temos, para servir como um grande apoio ao controle de infecção - explica Andreolla.

O professor explica que o laboratório de referência continuará sendo o Lacen-RS, em Porto Alegre, mas que a análise feita na cidade acelera os diagnósticos de doenças respiratórias.

- Temos que ser rápidos. Você coleta o material, normalmente o resultado já chega em um momento em que, dentro do hospital, há pouco a se fazer para controlar a infecção dentro dos serviços de saúde. Esses testes servem para controlar a infecção, para a gente adotar medidas de bloqueio adequadas. O quanto antes se tem o diagnóstico, antes se tem uma decisão. O que a gente tem nesse momento não é o teste mais sensível em comparação a outras metodologias existentes, mas é uma alternativa dentro de um cenário de guerra, para poder direcionar a decisão clínica e fazer uso racional dos nossos recursos, além de contribuir para a melhoria da assistência e da segurança dos colaboradores e usuários - pontua.

Ao todo, nove pessoas estão à frente do serviço no laboratório: seis estagiários do curso de Biomedicina, uma biomédica residente do Programa de Atenção Clínica Especializada com Ênfase em Infectologia e Neurologia e dois biomédicos (um professor supervisor e um responsável técnico). O laboratório funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h ao meio-dia e das 14h às 18h, sempre atendendo demandas encaminhadas pela UPA e Casa de Saúde, conforme critérios de coleta estabelecidos pelas instituições.

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